quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Crônica - Férias de verão - Ingryd Lucena.



   Em qualquer dia de dezembro, calor de 30 graus, a única vontade é de praia, sentir a areia e relaxar. A questão é, dezembro se arrasta, quanto mais queremos suas últimas, mas elas demoraram a passar.
   Férias. Notas entregues, uniforme aposentado, short, chinelo, regata e cabelo amarrado, na bolsa de viagem são essas coisas que eu levo, protetor solar, biquínis e meu companheiro, óculos de Sol. A companhia é a família, casa de praia cheia, vovó e titias comandam o fogão. 
   Ao invés de cama, saímos cedo para aproveitar o Sol, tomar banho de mar e até se tatuar, calma, só de brincadeirinha. O centro da cidade à noite, é a coisa mais linda. As roupas coloridas, as bijuterias e até os dreads que um hippie qualquer fazia.
   Uma comida diferente a cada noite, uma roda de samba a cada dia, o quiosque fica lotado, todos ouvindo a cantoria. Eu gosto de observar as risadas descontraídas, o barulho das ondas se quebrando nas pedras, enquanto estou sentada no calçadão pensando na minha vida. 
   O que sempre tem e traz alegria, é aquele romance de verão bobo que se carrega pelos dias. Aproveitar toda essa beleza com alguém não tem preço, o problema vem na hora de separar as mãos. 
   É 31 de dezembro, durante o dia arrumação, corre pra lá e pra cá com a ceia e arruma a decoração. Escolho a melhor roupa e de noite vou para a orla, comemorar o ano novo com o amor de verão.
   A madrugada foi linda, não tem como esquecer, no dia que se seguiu, o amor de verão se despediu, deixando um vazio. Sentei - me na areia e fiquei a observar: agora é Janeiro, calor do mesmo jeito, fim de férias, a praia vai ficar pra trás e o que eu carrego é a vontade de sempre voltar.

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