quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Lygia Fagundes Telles

   Quando tivemos que trabalhar com contos psicológicos diversos autores brasileiros foram - nos apresentados, a escolha em particular foi, a autora renomada Lygia Fagundes Telles. Abaixo, um pouco mais sobre quem ela foi e suas obras.



   A futura escritora que até então era advogada Lygia Fagundes Telles nasceu em São Paulo, em 19 de abril de 1923. Sua infância foi marcada por muitas mudanças o tempo inteiro, uma vez que seu pai, delegado e promotor, estava sempre indo de cidade em cidade no interior paulista. A menina cresce ouvindo histórias narradas por pajens e outras crianças.
   Mais tarde, já sabendo ler e escrever, Lygia passou a criar suas próprias narrativas e, aos oito anos, já anotava no caderno os contos que irá transmitir para sua pequena platéia nos círculos caseiros. Seu primeiro contato com a literatura é através das histórias de terror, povoadas de personagens folclóricos, como mulas-sem-cabeça, lobisomens e outros. 
   Quando voltou para a capital, com os pais separados, ela passou a estudar no Instituto de Educação Caetano de Campos, e lá conheceu o professor Silveira Bueno, que estimulou sua vocação literária. Em 1938, a autora lançou seu primeiro volume de contos, Porão e Sobrado, com o auxílio do pai, que pagou esta edição, na qual ela utilizou o nome Lygia Fagundes.
   Ela se graduou na Escola Superior de Educação Física e, depois, na Faculdade de Direito de São Paulo. Nesta academia, ela mergulhou no universo da literatura, tornando-se membro do grupo de redatores das revistas Arcádia e XI de Agosto. Neste contexto, ela entrou em contato com Mário e Oswald de Andrade, Paulo Emílio Sales Gomes, entre outros intelectuais. Logo depois, em 1944, saiu seu segundo livro de contos, Praia Viva, publicado pela Martins, editora paulista. No ano seguinte seu pai morreu, o que representou para a escritora uma grande perda.
   Lygia só voltou a lançar outra obra de contos em 1949, três anos depois de concluir a faculdade de Direito – O Cacto Vermelho, publicado pela Editora Mérito. Desta vez seu livro recebeu o Prêmio Afonso Arinos, oferecido pela Academia Brasileira de Letras. 
   Em 1950 ela se casou com seu professor, o jurista Goffredo da Silva Telles Jr., então deputado federal. Deste matrimônio nasceu seu filho, Goffredo da Silva Telles Neto. 
   Ao voltar para sua terra natal, a escritora iniciou a criação de seu primeiro romance, Ciranda de Pedra. Ele foi finalmente publicado pelas Edições O Cruzeiro, editora carioca, em 1954. Ela se separou de seu primeiro marido, em 1960, e logo depois assumiu o cargo de procuradora do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo. Dois anos depois foi publicado Verão no Aquário, sua segunda ficção, pela editora Martins.
   Ela se casou novamente com o velho amigo, professor e escritor Paulo Emílio Salles Gomes, criador da Cinemateca Brasileira, que a deixou viúva em 1977. Escreveu As Meninas, atenta ao contexto político que o país atravessava. Atendendo a um pedido do cineasta Paulo César Sarraceni, ela adaptou para as telas do cinema a obra de Machado de Assis, D. Casmurro, em parceria com Paulo Emílio, roteiro batizado como Capitu.
   Sua obra é hoje internacionalmente reconhecida, e em sua coleção de prêmios constam alguns de alcance internacional, como o Grande Prêmio Internacional Feminino para Estrangeiros, doado pela França ao seu livro de contos Antes do Baile. A escritora participa também ativamente de congressos, debates, seminários e conferências.

Crônica - Férias de verão - Ingryd Lucena.



   Em qualquer dia de dezembro, calor de 30 graus, a única vontade é de praia, sentir a areia e relaxar. A questão é, dezembro se arrasta, quanto mais queremos suas últimas, mas elas demoraram a passar.
   Férias. Notas entregues, uniforme aposentado, short, chinelo, regata e cabelo amarrado, na bolsa de viagem são essas coisas que eu levo, protetor solar, biquínis e meu companheiro, óculos de Sol. A companhia é a família, casa de praia cheia, vovó e titias comandam o fogão. 
   Ao invés de cama, saímos cedo para aproveitar o Sol, tomar banho de mar e até se tatuar, calma, só de brincadeirinha. O centro da cidade à noite, é a coisa mais linda. As roupas coloridas, as bijuterias e até os dreads que um hippie qualquer fazia.
   Uma comida diferente a cada noite, uma roda de samba a cada dia, o quiosque fica lotado, todos ouvindo a cantoria. Eu gosto de observar as risadas descontraídas, o barulho das ondas se quebrando nas pedras, enquanto estou sentada no calçadão pensando na minha vida. 
   O que sempre tem e traz alegria, é aquele romance de verão bobo que se carrega pelos dias. Aproveitar toda essa beleza com alguém não tem preço, o problema vem na hora de separar as mãos. 
   É 31 de dezembro, durante o dia arrumação, corre pra lá e pra cá com a ceia e arruma a decoração. Escolho a melhor roupa e de noite vou para a orla, comemorar o ano novo com o amor de verão.
   A madrugada foi linda, não tem como esquecer, no dia que se seguiu, o amor de verão se despediu, deixando um vazio. Sentei - me na areia e fiquei a observar: agora é Janeiro, calor do mesmo jeito, fim de férias, a praia vai ficar pra trás e o que eu carrego é a vontade de sempre voltar.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

O Show de Truman - O show da vida.



E se a sua vida fosse uma grande mentira?

   Essa questão foi - nos apresentada pela professora de História. Ela nos questionou sobre a pergunta e juntamente com a mesma, apresentou um filme para toda a sala e distribuiu um trabalho em grupo. 

   Particularmente eu gostei muito do filme pelo fato de que, apesar das nossas vidas não serem uma espécie de show televisivo, muitas coisas mostram - se controladas de um jeito automático e que só paramos para reparar quando repensamos nos nossos atos, no que nos falam, em como a nossa vida pode ser manipulada de tal forma que sai totalmente do nosso controle. O filme me fez repensar em várias questões do dia a dia e como eu deveria encara - las. A sinopse do filme está abaixo, espero que gostem.

 Truman Burbank é um vendedor de seguros que leva uma vida simples. Bondoso e metódico vive na pequena cidade de Seahaven. Tem uma namorada chamada Meryl, um melhor amigo, um trabalho e todo dia ele “faz tudo sempre igual”. A única coisa que Truman não sabe é que vive dentro de um show de televisão. Todos que convivem com ele estão ali trabalhando. São atores contratados que encenam a realidade da sua vida. O dono do destino de Truman não é Deus, ele tem um Senhor próprio, que atende pelo nome de Christof. Durante toda a vida de Truman, Christof tratou de colocar no rapaz todo o tipo de medo que se relaciona com a vontade de viver novas aventuras. Assim, conseguiu manipular a permanência de Truman dentro dos estúdios. O rapaz vive num local cercado pelo mar, por isso, quando era criança, ele “perdeu” seu pai durante um acidente marítimo, fato que fez surgir um medo óbvio dentro dele.

   Acontece que, mesmo com todo o controle, Truman apresenta um comportamento inesperado: se apaixona perdidamente por uma figurante do programa, Sylvia (após uma troca de olhares, nunca mais deixa de pensar nela). Rapidamente, percebendo um possível desvio do roteiro, Christof trata de retirar a figurante da vida do seu "rebento". Ocorre que Truman, juntando pedaços de rostos de mulheres que encontra em revistas, vai tentando montar o rosto da pessoa pela qual se apaixonou. Um dia, as câmeras flagram a montagem do rosto e Sylvia vê que a paixão que sente por Truman é correspondida. A sensação de não pertencimento ao local continua e, depois que fatos estranhos começam a acontecer, Truman tenta fugir, iniciando a busca pela verdade sobre sua vida. A cena definitiva, que marca sua luta para fugir da realidade em que vive preso, é fantástica!


   O filme, dirigido pelo australiano Peter Weir, foi um grande sucesso de público e crítica. Lançou um feroz debate sobre a influência dos Reality Shows nas vidas dos participantes e, principalmente, da audiência. Comumente a platéia aparece durante a projeção do filme, torcendo para que Truman saia da bolha, ou permaneça nela. É um embate entre aqueles que o veem como uma pessoa que merece ser livre para fazer as próprias escolhas e aqueles que acham que ele não passa de um objeto criado para o entretenimento de todos. A relação que Christof estabelece com ele é a mesma que a de um inventor com o seu objeto inventado. Não é uma relação de pai e filho, porque a grande luta de Christof é impedir que Truman siga seus impulsos. Em 1999, The Truman Show (no título original), recebeu três indicações para o Oscar.

   O desafio entre aceitar a realidade mais cômoda ou partir para buscar aquilo que pode ser melhor permeia a história do filme. Todos nós temos Christof’s em nossos caminhos. As vezes nós mesmos construímos um Mundo que nos deixa em posições de maior conforto. A tal zona de conforto, apesar de fazer com que a vida pareça perder um pouco da pressa, nos deixa em estado letárgico, como que esperando o próximo ato, que invariavelmente não será disparado por nós. Buscar a novidade mexe com a nossa vida e com a vida daqueles que nos cercam, não sabemos o fim dessa busca, mas é caminhando por ela que a gente vive de verdade.

-Aceitamos a realidade do mundo no qual estamos presentes.
-Nada foi real?
-Você era real. Por isso gostam de assisti-lo. Lá fora, a verdade é igual... A do mundo que criei para você. As mesmas mentiras. As mesmas decepções.

















segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Venha ver o Pôr-do-sol - Lygia Fagundes Telles

   Em uma proposta apresentada pela professora, nós do grupo, teríamos que escolher um conto e produzi-lo em forma de atuação, animação ou stop motion. O meu grupo escolheu a forma de atuação e o conto que nós reproduzimos foi " Venha ver o pôr-do-sol".
   O conto fala sobre Ricardo e Raquel que eram dois ex namorados jovens. Mas ela trocou ele por um homem mais velho, porém mais rico. Ricardo nunca se conformou, convidou ela então para um encontro, um último pôr-do-sol, num cemitério abandonado de um vilarejo. 
   Ela vai de táxi, anda diversos metros, pois o chão é um barro e o carro não chega até lá. Começam a conversar e Ricardo leva-a para dentro do cemitério, de braços dados, contando histórias antigas de ambos. Raquel tem medo. Ele diz a ela então que nada tema por que com ele não há problema, e lhe conta a história de uma prima, apaixonada por ele, que ela o amou ,ele não, e morreu quando tinha 15 anos. 
    Ela o refuga, diz que agora tem um namorado rico, dá tudo o que ela quer. O ódio o consome, mas ele se controla. Vão visitar o túmulo da prima de Ricardo. Chegam ao túmulo, Ricardo pede para que Raquel observe o quanto a prima era bonita, compara ambas, para logo depois irem embora. Raquel entra na capelinha que dá acesso ao túmulo, arrepia-se toda, treme de frio. 
    É escuro o lugar, mas ela acende um fósforo, maldizendo Ricardo. Aceso o fósforo, lê a inscrição no túmulo da prima e faz umas contas matemáticas: Maria Emilia, nascida em 1892 e falecida ao quinze anos e... Mas ela jamais poderia ser sua namorada... Ela olha para trás, vendo Ricardo com as chaves do túmulo na mão e rindo. Um sinistro pressentimento passa por sua cabeça. Ricardo fecha as portas do túmulo. Ela grita enquanto ele chacoalha as chaves e vai embora. 
   Ela grita, grita, se desespera. Ricardo se afasta e os gritos vão se distanciando, mas ninguém ouve. Raquel grita, enquanto Ricardo passa pelo portão, e fecha-o. Ninguém mais a ouve.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

John Boyne.


John Boyne é um dos autores mais conhecidos mundialmente, é irlandês e tem 43 anos,  formado em Literatura Criativa, escreveu O Menino do Pijama Listrado, vendendo mais de 5 milhões de cópias. Seus livros já foram publicados em 47 línguas.

Como a maioria de seus livros tem uma grande raiz em fatos históricos, ele demora um bom tempo para escrever seus livros, são baseados em fatos históricos fazendo com que o autor crie sua história no contexto desses fatos. O autor, já lançou o total de nove livros, sendo eles:




Síntese: Fique onde está e então corra - John Boyne.

O livro foi apresentado e indicado como leitura para o trimestre pelos professores de Língua Portuguesa, História e Geografia. A leitura foi feita e ao término dela, desenvolvemos um trabalho interdisciplinar baseado em tópicos sobre alguns temas que o livro aborda.

 A narrativa nos conta sobre um menino chamado Alfie, o livro é contado basicamente a partir de suas memórias e recordações dos momentos que aconteceram durante sua vida e que se inciaram quando ele completava 5 anos de idade. Infelizmente, essa data é marcada por uma notícia negativa, que vai marcar sua vida até seu último suspiro. Seu pai George se alistou por vontade própria para ia combater na guerra deixando sua família.   
Ao ver o pai longe, Alfie sofre tanto por não ter certeza se um dia o pai vai conseguir voltar e também pelo fato de muitas coisas terem se alterado, como sua mãe Margie, que passa a trabalhar freneticamente para poder manter a casa. Alfie vê que a situação está difícil e começa a trabalhar escondido de sua família e sem eles saberem e ajuda a mãe no sustento da casa, colocando um pouco do dinheiro na carteira dela sem que ela percebesse. 

 A maior agonia do garoto, é não ter notícias do pai, durante um tempo ele enviava cartas mas, aos poucos as cartas foram diminuindo até que nunca mais Alfie as recebeu. Alfie cogitou algumas possibilidades, com a morte de Georgie. Em um dia de serviço o menino, por acaso acha uma pista que pode leva - lo ao pai, dessa forma ele insiste em ir atrás do pai, custando o que custar. 

 O garoto ao chegar até o pai, o encontra com problemas psicológicos consequentes da guerra e apesar de todas as dificuldades, faz de tudo para recuperar o pai e tira - lo do hospital. Após inúmeras tentativas, dificuldades e tropeços, Alfie consegue trazer seu pai de volta para casa. O pai do menino vai se recuperando aos poucos e enfim a guerra termina, trazendo paz as pessoas, conquistando lugares para as mulheres mas deixando marcas em famílias e em toda história mundial, para sempre.